quinta-feira, 19 de junho de 2008

Medalhas Negras





Os jogos olímpicos de 1.968 no México,ficaram marcados, não só por ter sido a primeira competição a fazer o controle do uso do doping e nem mesmo pelo fato de ter sido uma das competições com o maior número de quebra de recordes(68 mundiais e 301 olímpicos),mas sim,pelas manifestações e protestos ocorridas antes,durante,depois e,de forma direta e indireta nos jogos.



Outro fato curioso dessa competição,é que ela foi a primeira a pedir provas de comprovação de sexo nas provas femininas, muito provavelmente, pelas características masculinas das atletas do bloco socialista.A competição olímpica de 68, correu sério risco de não ser realizado no México por outra polêmica que parece bem atual:a pratica esportiva em elevadas altitudes.Essa polêmica foi levantada pelos médicos e fisiologistas da época.Também, pela primeira vez as duas Alemanhas competiram separadas, com os nomes de Alemanha Oriental (comunista) e Ocidental (capitalista). África do Sul e China não foram convidadas a participar.


Voltando aos protestos,o evento em si, teve um enorme envolvimento politíco.No México, pouco antes da abertura dos jogos,aproximadamente 300 mil estudantes e professores entraram em greve e,dez dias antes da celebração da abertura dos jogos, tropas do governo fuzilaram milhares de manifestantes que protestavam na Praça das três culturas,assassinando assim centenas de jovens.


No mundo vigorava um clima tenso de transição. A China vivia o início da Revolução Cultural. Na antiga Tchecoslováquia, tanques soviéticos esmagavam os protestos populares no que ficou conhecido como "Primavera de Praga". Na França, o governo enfrentava manifestos estudantis e nos Estados Unidos foram assassinados o presidente Robert Kennedy e o líder negro Martin Luther King. No Brasil, os protestos contra a Ditadura Militar eram duramente repreendidos, no que culminaria com a assinatura do AI-5(Ato Institucional número 5),em dezembro.


Pelo bloco socialista, inúmeros atletas ganharam medalhas e foram contestados quanto ao uso de doping. O preconceito racial também chegou aos esportes nos Jogos de 68. A delegação norte-americana era dividida em duas: brancos e negros. Liderados pelo sociólogo e ex-atleta Harry Edwards, atletas negros ameaçaram boicotar aos Jogos e, quando todos achavam que a história tinha acabado,dois atletas negros, Tommie Smith e John Carlos, que conquistaram respectivamente as medalhas de ouro e bronze, nos 200 metros rasos, subiram ao pódio com luvas pretas e levantaram o punho esquerdo fazendo a saudação ao movimento negro conhecido como panteras negras. Foram expulsos dos jogos e tiveram suas medalhas caçadas, mas outros atletas negros aderiram ao movimento, porém sem serem tão "agressivos".O Brasil,mandou ao México,uma delegação com 84 atletas e ganhou apenas três medalhas, sendo uma prata e duas bronze. A medalha de prata foi conquiistada por Nelson Prudêncio no salto triplo, na vela, na classe Flying Dutchmann, Reinald Conrad e Bukhard Cordes, ganharam a medalha de bronze;Servílio de Oliveira conquistou a primeira e única medalha do Brasil no boxe,medalha de bronze na categoria meio-médio.
Tiago Moreira

Juventude em guerra!



Os acontecimentos do ano de 1968 sempre ficarão marcados na história mundial. Ao redor do mundo incontáveis protestos contra ditaduras militares e manifestações em prol dos direitos humanos e da incolumidade pública eram atividades rotineiras para muitas pessoas, incluindo os jovens e estudantes.

No Brasil não foi diferente. Em 1968 marchas eram realizadas amiúde, no entanto sem conseguir o efeito esperado: liberdade. Em Belo Horizonte essas marchas eram encabeçadas principalmente por movimentos estudantis. Em março de 68, o primeiro estudante é morto pela ditadura militar. Diante do caos e inúmeros atos considerados subversivos e para supostamente manter a ordem nacional, é decretado em dezembro do ano corrente pelo presidente Costa e Silva, o Ato Constitucional número cinco (AI-5) que fechou o Congresso Nacional, suspendeu diretos e garantias dos cidadãos brasileiros dentre eles o hábeas corpus para crimes políticos contra a segurança nacional, ordem econômica e social.

O evento comemorativo dos 40 anos do ano de 1968 promovido pela Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte nos agraciou com ilustres convidados que puderam compartilhar um pouco das experiências vividas pelos mesmos na época.

Explanaram sobre praticamente todos os assuntos que variaram de sexo até exílio. Pudemos ter noção do que foi vivido por eles, através de uma narrativa deveras emocionante e em vários momentos apavorantes, como em casos de tortura e vilipêndio. Na época, estudantes em busca de democracia e liberdade de expressão foram aviltados e chamados de vagabundos.

Mesmo com todas as dificuldades e sem nunca perder a esperança por dias melhores, eles lutaram contra esse terrível inimigo dos direitos humanos que é a ditadura. Voltaram dos exílios e puderam voltar a sonhar com dias melhores.


Célio Braz
Aluno 1º Período de Comunicação Social
Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte
garotoenxaquek@hotmail.com

As Idéias mudam




´´Nós aprendemos com a loucura, a generosidade e o sangue deles´´
(Hélio Pellegrino)


Durante o evento ´´1968 o sonho acabou?´´ realizado na faculdade Estácio de Sá, duas palestras me chamaram muita atenção.


A primeira delas foi o olhar feminino sobre a luta política.A palestrante Gilse Consenza que foi militante do movimento estudantil, nos contou sua esperiência durante aquele período de ditadura.Emocionou a todos com seus relados.Se alguém do Partido Comunista do Brasil (PC do B) chegasse perto de mim no final da palestra me filiaria ao partido na hora!


Mas eu não iria durar muito tempo em um partido político.Pois na segunda melhor palestra o médico e escritor Apolo Heringer disse que é contra qualquer partido e mostrou boas razões para isso.É... as idéias mudam, e é melhor que mudem mesmo! O socialismo tão sonhado pela Gilse pareçe muito longe de se realizar, e acho que se deve ao fato de ´´nós´´ sermos muito diferentes dela.

Felipe Mendes Ferreira

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O sonho ainda não acabou !!!


Numa socieda mundial onde reinava o preconceito, algo de muito ruim incomodava todo a classe social, que clamava por mudanças, surgiu várias manifestações contra todo tipo de discriminação existente em seu meio, mostrando ao mundo o força e o poder euque o povo tem quando se organiza, poder esse que não é dinheiro e sim conscientização, liberdade para mudar o que precisava para si e para os outros.
o sonho não acabou partindo do pricípio que cada época tem suas realidades e necessidades.
1968 ficará para sempre como o ano do despertar de várias naões principalmente o BRASIL.


MARIA DAS GRAÇAS DE SOUZA FERREIRA
1º PEÍODO - COMUNICAÇÃO SOCIAL

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Gilse. Um exemplo de mulher !!!





Durante os dias 28, 29 e 30 de maio a Faculdade Estácio de Sá promoveu um evento para relembrar o ano de 1968. No decorrer este evento assistimos a várias palestras de pessoas que presenciaram acontecimentos deste ano marcante na história do nosso país.
Todas as palestras tiveram grandes repercussão, mas a palestra que mais me tocou e me chamou a atenção foi a da Gilse Conseza, cujo o tema foi “ Um olhar feminino sobre a luta política”.
Com sua palestra pude perceber que o ano de 1968 mudou a visão de mundo de todos. Depois de ouvir sua história , tudo o que ela passou na época, o sofrimento, a tortura os obstáculos que ela conseguiu superar. Eu mudei meu modo dever a realidade não acreditava muito em esperança, que podemos mudar o mundo a nossa volta, mas quando a palestra acabou parecia que eu era outra pessoa, com novos ideais, com pensamentos completamente diferentes dos de antes. Com ela pude aprender que temos que lutar por tudo aquilo que buscamos, nunca desistir sem antes tentar e acima de tudo não deixar de sonhar e correr atrás desses sonhos.
Mesmo o ano de 68 sendo visto por algumas pessoas como um ano louco, revolucionário, radical e de muitas ilusões perdidas para Gilse se fosse para voltar atrás ela faria tudo de novo, com a mesma garra e otimismo que ele teve na época .
Sua palestra foi surpreendente. Mesmo tendo se passado 40 anos, ela continua autoconfiante e acima de tudo lutando pelo seus ideais, mostrando que o sonho não acabou e que ele continua e sempre continuará se depender da sua força de vontade.
O que tenho a dizer é que essas pessoas como a Gilse que passaram tudo o que passaram para tentar mudar nem que seja um pouco o mundo, decem ser vistos como heróis que nunca poderiam de ser esquecidos.



Thaciane Pereira Dias
1º Período – Publicidade e Propaganda – Estácio de Sá

A Família em 1968


Tomei como base a palestra de Gilse Cosenza.

Gilse ia contra a ditadura e era perseguida pelos militares por conta disso. Ela precisava fugir para não ser presa e seu namorado decidiu acompanhá-la.

Na época, seus pais não apoiavam o fato de ela ser revolucionária e de ter que fugir, mas se Gilse ficasse acabaria presa. E quando ela disse que ia fugir com seu namorado, seus pais não concordaram e Gilse decidiu se casar para que sua família não tivesse mais uma decepção.

O exemplo de família em 1968 se baseava num casamento onde o marido trabalhava para sustentar a família e a mulher cuidava da casa e dos filhos. Mas no caso de Gilse não foi bem assim. Ela se casou, fugiu e teve uma filha. Perseguida pelo regime militar, teve que deixar a criança com uma amiga para ter segurança, e pouco depois foi presa. Gilse foi torturada de inúmeras formas na prisão e os policiais até ameaçavam pegar sua filha e torturá-la na frente dela para que ela entregasse seus companheiros de revolução.

Gilse saiu da prisão, reencontrou seu marido e tiveram outras filhas. Eles sempre mudavam de casa e de nome para fugir da repressão.

E quando acabou a ditadura, eles ficaram com seus nomes reais e Gilse conta que o fato de trocarem de nome com freqüência havia se tornado algo comum, tanto que suas filhas não queriam ficar com seus nomes verdadeiros.

Fazendo uma comparação com os dias atuais, as famílias hoje são construídas de qualquer forma, e sem ter uma base sólida como foi no caso de Gilse.

Hoje, algumas pessoas não se casam mais para morarem juntas, e se separam muito rapidamente. A família teria que ser o exemplo para os filhos, mas hoje nós vemos tantos pais abandonando e até matando seus filhos, quando eles é quem deveriam dar amor e cuidado para as crianças.

Gilse deu um exemplo de vida e é também um exemplo de família, pois quando estava presa nunca se esqueceu da filha e quando foi solta retomou seu casamento e sua família sem se importar com as conseqüências, se tivessem que fugir iriam todos juntos.




Laís Cardozo Calazans

1º Período - M1